29 de abr. de 2021

Resenha Literária: Mulheres não são chatas, mulheres estão exaustas

       Oi amores, tudo joia com vocês?

Hoje venho com a resenha literária de um livro escrito pela Ruth Manus, uma grande escritora: Mulheres não são chatas, mulheres estão exaustas. Para começar queria dizer que comprei esse livro pois me identifiquei muito com o título, e percebi que a esmagadora maioria de mulheres também se identificam, e isso é uma realidade muito triste! Outro ponto que eu queria ressaltar aqui, é que esse é um livro escrito para mulheres, porém eu acho de grande importância que qualquer homem que se importe com suas mulheres, mães, amigas, irmãs ou com qualquer outra mulher do mundo, também leia esse livro. Vai ser esclarecedor em muitos momentos!

Livro feminista

Vocês já devem imaginar que essa resenha é bastante positiva, e posso adiantar que esse foi um dos melhores livros que já li na vida! 

A Ruth inicia o livro tocando num ponto muito sensível, pelo menos pra mim. Algo que eu acho muito importante ser colocado em público sempre que possível para que a gente possa se livrar desse mal: A culpa! Ela aborda como nós mulheres vivemos cheia de culpas, principalmente pelo que não conseguimos fazer. Ela conta sobre um momento em um dia na academia, onde ela conversa com algumas mulheres, desconhecidas, e todas compartilharam suas preocupações e ela pôde observar o quanto a "Culpa" é um substantivo feminino. 

"E sabemos que não se trata apenas de um tipo de diálogo não habitual entre os homens, mas sim de um sentimento pouco habitual entre os homens. Alguns deles reconhecem as suas falhas, têm consciência dos erros que cometem, mas culpa...Culpa é um substantivo feminino. Será coincidência?"

Acho muito importante também, que ela faz questão de mostrar que nada veio de graça, e que tudo que nós mulheres temos direito hoje, foi conquistado por muita luta, de outras mulheres! Ela até relata que uma professora da faculdade uma vez disse: "A mulher que diz que nunca se sentiu discriminada por ser mulher é simplesmente uma mulher muito distraída." E essa é uma verdade muito verdadeira!!! 

Eu vivo numa luta todos os dias de tentar não ser injusta com outras mulheres, detesto situações que tentam me colocar contra outras mulheres, seja qual for ela. Mas a minha maior dificuldade é conseguir colocar na cabeça de outras mulheres a importância da SORORIDADE, pois sempre vem uns argumentos assim: "Ah Renata, mas tem muita mulher que(...)". E a Ruth falou algo que explica bem o porque devemos ser um pouco mais empáticas umas com as outras:

"E essa ideia simples deve ser nosso exercício diário: Olhar para as outras mulheres como olhamos para as nossas irmãs. Com o mesmo olhar de parceria, solidariedade e boa vontade que temos perante elas. Não é uma missão fácil, mas é uma coisa que precisamos exercitar e que melhoraria - e muito - a situação das mulheres no mundo. Está na hora de começarmos a dar suporte umas às outras, porque há muitos séculos os homens estão apoiando uns aos outros sem pestanejar.

Gente, pra vocês terem uma ideia, tudo isso que descrevi até agora foi abordado antes da página 50, e é difícil controlar a minha vontade de reescrever o livro todo nesse post. Gosto muito como ela fala do feminismo: "Não precisamos ter medo desse rótulo nem achar que isso é algo chocante." O livro nos trás um Spoiler muito curioso: Você está sonhando sonhos que não são seus! Gente, já parou pra pensar que existe todo um roteirinho já pronto para que a gente possa seguir? Nascer, crescer, casar, ter filhos e pipipipopopo... Ela deixa um questionamento: E eu lá quero essa vida? Convido todas as mulheres a refletirem, se querem isso porque realmente querem, ou se essa ideia está fixada na sua cabeça devido a cultura machista que vivemos.

Para as mulheres que decidem se casar e constituir uma família, ai começam as outras cobranças impostas pela sociedade: filhos! E é ai que ela deixa um recado muito importante:

"Eu já disse e repito: vida de mulher não é patrimônio público. Útero de mulher não é patrimônio público. Coração de mulher não é patrimônio público. (...) Nós não deveríamos ter que nos habituar às perguntas invasivas nem a lidar com isso com naturalidade. Por essa razão, como mulheres, devemos ser as primeiras a ter cuidado, pensando duas ou três vezes no que perguntamos, a quem, onde, quando e como. Nossa vida não tem que ser um livro aberto."

Bom, vou deixar aqui mais alguns trechos que julgo de extrema importância:

"Redistribuir as tarefas domésticas é algo urgente. As mulheres estão cada vez mais cansadas, e esse é um fator absolutamente decisivo. Mesmo nas casas em que se tem a preciosa ajuda de uma empregada doméstica, ainda é preciso fazer comprar, organizar a rotina, supervisionar o trabalho, conversar sobre o planejamento. E isso é outra coisa que os homens frequentemente não enxergam."

"Precisamos entender que somos todas vítimas do mesmo sistema do desconforto e da hostilidade. E que enquanto nós não abraçarmos umas as dores das outras, estaremos apenas fortalecendo o sistema que nos oprime e enfraquecendo a nós mesmas."

"Se nos convenceram de que falamos demais, passamos a achar que o certo seria estarmos em silêncio na maioria do tempo. Em que pese haver uma grande beleza no silêncio, esta só existe quando o silêncio não é fruto da opressão."

No final do Livro, a Ruth deixa algumas dicas para que a gente tente viver de forma um pouquinho mais leve, e eu vou escrever aqui as dicas que ela deu:

  • Questione todas as ideias que teoricamente nasceram com você
  • Diga o que você acredita que tem que ser dito
  • Defenda com unhas e dentes aquilo que você acredita
  • Seja menos responsável
  • Permita-se mudar de ideia
  • Não se culpe
  • Cuide de você mesma
  • Pare de julgar outras mulheres
  • Estabeleça limites 
Bom, eu poderia escrever muito mais coisas sobre o livro, mas o restante vou deixar para vocês conferirem. Tudo que descrevi aqui, não é nem um décimo do conteúdo do livro pra vocês terem uma noção. Então essa é uma leitura nota 1000, que eu recomento para qualquer pessoa!

Por hoje é só isso, um beijo, se cuidem.

Instagram: Renatamendessf

11 comentários:

  1. Realmente esse ponto da culpa pesa na maioria das mulheres. Na conheço a escrita da Ruth Manus mais já estou decidida a comprar esse título.

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  2. É um livro magnífico, verdade muitas mulheres se culpam muito o livro é bastante interessante, o livro é maravilhoso, bjs.

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  3. Oi
    Eu adorei a sugestão :) não conhecia o trabalho da autora

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  4. Gosto muito da Ruth Manus, fiquei com vontade de ler o livro depois de ler sua resenha. Ótima indicação!

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  5. Olá Renata, tudo bem?

    Não conhecia o livro ainda, mas você o considerar como um dos melhores da sua vida já me deixou bem animada para conhecer. Por tudo que narrou, parece ser o livro perfeito para mim, que vou amar do início ao fim. Já quero!

    Beijos!

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  6. Adorei a sua resenha e ja fiquei curiosa para ler. Parece ser bem legal

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  7. Olá, tudo bem? Adorei demais a dica de leitura. E os que a autora deixou no final parece ser sensacional. Deu para sentir sua animação com a obra, e o quanto ela parece ser perfeita. Indicação mais que anotada!
    Beijos

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  8. Adorei a sugestão, quero esse livro me pareceu maravilhoso!

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  9. amei menina hahaha
    esse livro eu ainda não conhecia
    já quero super!

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  10. Ola´?
    Primeira vez depois de 2 anos que leio um titulo de um livro e me interesso em ler, "Mulheres não são chatas, mulheres estão exaustas". Olha realmente isso é verdade eu mesma me culpo por varias coisas que não consigo fazer, e isso acaba fazendo com que eu me preocupe de mais

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  11. Tema super atual para o momento que vivemos, a visão é bem sincera

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